25 junho 2012

em chaves...


A decorrer entre hoje, 25 de Junho e 27 de Junho. Veja aqui o programa do congresso e conheça em pormenor os conteúdos: o científico, o cultural e, principalmente, o gastronómico do encontro. A expectativa é grande e a minha participação acontecerá no painel 6 -Turismo em espaço rural e alimentação, no dia 27 a partir das 9 da manhã. Apareçam.

21 junho 2012

autor desconhecido e misantropo...


Já ouvira falar do seu nome aquando da atribuição do prémio Camões, mas até então nada sabia ou conhecia deste brasileiro que se esconde algures no interior brasileiro. Recentemente ofereceram-me este pequeno livro e hoje foi o dia em que, de uma só vez, o li e gostei. Gostei muito. Escreve bem este Dalton Trevisan - não sei, mas este nome soa-me a pseudónimo. Agora que o li, vou querer ler mais e procurar saber mais sobre esta personagem que, pelo pouco que agora sei, não gosta muito de aparecer, nem de se misturar em actos sociais ou recreativos. Aqui há dias foi notícia o seu agradecimento público ao governo português pela atribuição do prémio Camões, mas informou que não poderia estar presente na cerimónia. Num tempo hiper-mediatizado e onde a imagem vale tudo ou quase, saber de alguém que se refugia num anonimato quase absoluto e, ainda assim, tem sucesso e é reconhecido, é muito inspirador. Respeito. Sem dúvida, obra a descobrir.

12 junho 2012

ferido de morte

Estou habilitado para conduzir desde meados de 1992, tenho veículo próprio desde 1994 e estes dois factos foram contemporâneos da conclusão e abertura de todo o traçado do IP4. Por motivações que então a razão desconhecia, mas que exultavam o coração, passei a frequentar com muita frequência essa estrada, o que me permitiu conhecê-la e reconhecê-la em cada quilometro, em cada linha contínua e em cada curva. Conheci o IP4 na sua extensão como as palmas das minhas mãos. Agora que, por motivações que o coração desconhece, mas que exultam a razão, continuo a viajar entre as duas extremidades da sua extensão e depois de quase 20 anos de experiência, continuo a considerar que, salvaguardando um ou outro segmento, o IP4 é uma estrada com qualidade e segura. Continuo a responsabilizar os automobilistas pelas tragédias aí ocorridas. Eu, em todos estes anos e viajando em todas as horas do dia e da noite, de Verão e de Inverno, experimentei várias aventuras, vários perigos, vários sustos, mas felizmente e até hoje, não tive qualquer problema digno de registo. Conto sobreviver-lhe. Desde o momento em que iniciaram as obras da futura A4 que, infelizmente, se vai sobrepor a grande parte do antigo traçado do IP4, transitar nele tornou-se bastante mais difícil e mais perigoso. Obras intermináveis e que lentamente vai fazendo desaparecer esse IP. Aliás, quem não conheceu bem o traçado anterior, dificilmente hoje o consegue reconhecer na confusão dos separadores e desviadores. Mas eu, procurando o pormenor na paisagem, ainda o consigo vislumbrar a espaços e em muitos lugares, no mesmo instante sou invadido por um conjunto de memórias associadas a esses mesmos lugares. Voltarei em breve, espero, para então e finalmente escrever o seu epitáfio.

vem aí...

(nas bancas a partir da próxima semana)

Projeto Editorial

1
A Vírus é uma revista com edição semestral iniciada em junho de 2012. Tem tido, e continuará a ter, uma edição online consultável agora no site: www.esquerda.net/virus

2
A nova série da Vírus, agora em edição impressa, define-se como um espaço de debate de ideias e de intervenção direcionado para o entendimento crítico da realidade e para a construção de alternativas democráticas e socialistas à violência predatória do capitalismo e à deriva autoritária dos seus governos e do seu Estado.
Esse é o seu objetivo.

3
Com esse fim, a Vírus fomentará o concurso e o debate de todas as opiniões que, à esquerda, queiram contribuir para uma consistente corrente contra-hegemónica e para a superação da (des)ordem atual.
Esse é o seu campo.

4
A Vírus afirma-se como espaço de reflexão, discussão, formação e divulgação de apoio às e aos ativistas nos terrenos da política, dos movimentos sociais, da intervenção cultural, científica e cívica ou de uma cidadania informada e com opinião.
Simultaneamente, recebe do seu pulsar, das práticas sociais mais diversas, o influxo inspirador para o seu trabalho.
Esse é o seu compromisso.

5
A Vírus pretende fazer eco e participar ativamente nos grandes debates do internacionalismo, dar conta dos seus passos e desafios, uma vez que não há soluções puramente nacionais ou autárquicas para a ação emancipatória.
Esse é o seu âmbito.

metalinguagem...

As longas e solitárias viagens, ao volante pelas estradas, são espaços de apurada reflexão. A reflexão desta última viagem foi acerca destas serem tempos de reflexão apurada.

11 junho 2012

"onze por todos e todos por onze"

Deixa-me com urticária ouvir repetidamente este anuncio que, por estes dias, invade as estações de rádio e os canais de televisão. Como se esses onze "eleitos" me representassem nalgum sítio ou de alguma maneira. Bem sei que é Portugal que está a jogar e a disputar um campeonato europeu, e eu gosto que Portugal vença sempre, ou quase, mas daí até ao fanatismo que se pretende instalar vai um grande espaço. Ouvir da boca de alguns jogadores frases mal lidas em que o suposto orgulho nacional é colectivo é ofensivo para aqueles que realmente trabalham diariamente e procuram honrar sempre a sua profissão, o seu serviço, a sua empresa, a sua cidade, região e país. Não suporto a declarada intenção de nos projectarem, enquanto colectivo, naquele pequeno grupo de cidadãos nacionais, como se o presente e, principalmente, o futuro dependesse daquilo que eles conseguirem ou não conseguirem. Felizmente, a estúpida manifestação proposta pelo brasileiro estúpido, que em 2004 comandou esse grupo de "eleitos", de colocação de bandeiras portuguesas em tudo que fosse autoclismo e bidé, foi esquecida e os resquícios são residuais. Esperemos que seja qual for o trajecto desta selecção consigamos fazer a coisa com brio e elevação e que a vida, a de cada um em geral e a colectiva em particular, possa recuperar deste desgaste e deste ataque civilizacional. Sei que os onze não estão por todos e desconfio que nem todos estão pelos onze. Mas isso sou cá eu, retorcido.

08 junho 2012

a LER

07 junho 2012

Isaltino Morais dixit...

"Acham que o combate à corrupção deve ser feito com manifestações em praça pública, quando a corrupção deve ser combatida com leis claras e transparentes. E quando chega a absolvição muitas vezes já é tarde porque já foi causado muito sofrimento e as famílias já foram muito afetadas e mesmo quando chega a absolvição, não se dá importância a isso".
Havemos de rir ou havemos de chorar?!

06 junho 2012

cristas de razão...

A construção da barragem na foz do rio Tua foi, desde o seu início, uma guerra entre os defensores do meio ambiente e os exploradores dos recursos naturais. Por princípio e, depois, por responsabilidade cívica, sempre estive do lado dos defensores do meio ambiente e contra a construção desta barragem. Por tudo aquilo que estava em jogo, só um lobby muito forte conseguiria ter argumentos para essa construção e a EDP e o seu CEO, António Mexia, conseguiram a proeza. Contra todas as evidências e pareceres técnicos que demonstravam que essa construção não traria qualquer mais valia energética e que com ela todo um património natural e cultural desapareceria. Confesso que sempre achei que esta era uma batalha perdida e que a força do betão seria decisiva. Pois bem, enganei-me e ainda bem, bastou a UNESCO ameaçar com a perda do estatuto de património mundial do Douro vinhateiro, para novamente esse assunto regressar à ordem do dia e aquilo que era uma certeza deixar de o ser. A notícia do dia de ontem são as tristes palavras da ministra Assunção Cristas que admite que agora o problema é o Estado não ter dinheiro para mandar parar as obras. Como é possível?! Como é possível o Estado saber que a obra não terá qualquer serventia; saber que corre o risco de desqualificar toda uma região que é património da humanidade e, afinal, não agir porque os constrangimentos financeiros não permitem pagar qualquer tipo de indemnização. Ao ter conhecimento destas notícias, desanimado, questiono porque não se responsabiliza quem criminosamente actuou em nome do Estado? Mas afinal que país somos nós?

05 junho 2012

livros e livros

Em actualização da base de dados, aproveito para aqui registar os últimos livros a chegarem à colecção. 
De antes da feira do livro:
- Vaz das Neves, Dom Abílio (1946), Constituições do Bispado de Bragança e Miranda, Bragança, Diocese Bragança e Miranda;
- Comissão Executiva das Comemorações (1997), Páginas da História da Diocese Bragança-Miranda - actas de congresso, Bragança;
- Fernandes, Maria da Conceição Correia (2001), Uma História da Diocese de Bragança-Miranda, Lisboa, Diocese Bragança-Miranda;
- Pires, Padre Baltazar e Pires, Padre Francisco Videira (1950), A Virgem Peregrina na Diocese de Bragança,  Coimbra;
- Sousa, Fernando de (coord.) (2012), Memórias de Bragança, Bragança, Câmara Municipal de Bragança;
- Martins, Miguel Ferreira (2012), Direito e Interioridade - actas dos I, II e III Cursos de 2008, 2009 e 2010, Coimbra, Coimbra Editora;
- Teixeira, Padre Alfredo Augusto (org.) (2004), Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado - cinquenta anos de vida, Bragança;
Da feira do livro:
- Lopes Filho, João (2004), Agrupamentos de Folclore - ontem e hoje, Lisboa, Inatel;
- Ramos, Francisco Martins (2006), Breviário Alentejano, Vale de Cambra, Caleidoscópio;
- Valente, José Carlos (1999), Estado Novo e alegria no trabalho - uma história política da FNAT (1935-1958), Lisboa, Edições Colibri e Inatel;
- Cabral, António (1999), Tradições Populares I, Lisboa, Inatel;
- Cabral, António (1999), Tradições Populares II, Lisboa, Inatel;