26 novembro 2008

dernières notes

Quando faltam apenas algumas horas para embarcar rumo às alturas, estou calmo, estranhamente calmo e ainda poderei descansar algumas horas. Entretanto, venho aqui partilhar algumas das expectativas para estes dias em Paris. Sem querer desvirtuar o principal objectivo desta viagem - levar a Emília à Disney no seu 7º aniversário, tentarei cumprir alguns objectivos pessoais, nomeadamente, visitar o Louvre e conhecer pessoalmente a ilustre Lisa; revisitar a gastronomia grega (famosa em Paris); fazer uma (a primeira) visita à morada de Jim Morrison; conhecer a Sourbonne e, se possível, experimentar o Moulin Rouge...
Durante os próximos dias andaremos por terras gaulesas, dando a conhecer à (cada vez menos) pequena Emília o mundo fantástico da Disney. Se for possível durante esses dias, passarei por aqui.
Jusqu'à là, à notre retour, restent bien...

25 novembro 2008

nervoso miudinho de vésperas

Nem era preciso ler esta notícia para começar a sentir um nervoso miudinho cá nas miudezas entranhas. Custa-me sofrer por antecipação, mas é mais forte do que a minha razão e por isso, cá estou eu em plena crise de ansiedade. Tudo porque vou ter que levantar voo e retirar os pés do chão. Por mais que tente não consigo estar confortável lá cima, algures numa qualquer esfera... Esforço-me por estar ausente dessa inevitabilidade que acontecerá apenas daqui a 48 horas, mas toda a parafernália dos familiares preparativos (bem ilustrados na notícia) impede essa manifesta vontade, diria mesmo, manifesta necessidade.

24 novembro 2008

arcaísmos ou sobrevivências

(algures num jornal diário deste último fim-de-semana)

19 novembro 2008

Verborreias

Já desde o noticiário das 8 da manhã que sei que a Dra. Manuela Ferreira Leite disse, a propósito do sistema judicial, que deveríamos suspender a democracia. Mas só agora conseguir ter tempo para ir ler na íntegra o discurso da lider do PSD. Magnífica ideia, como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto... suspender a democracia. Mas como se fará uma coisa dessas!?.... entretanto, e para o caso de não terem tido a oportunidade, aqui ficam algumas das tiradas da cólica verbal de Manuela Ferreira Leite: (retiradas completa e propositadamente do contexto)
«Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia…»
«Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se»
«E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia»
«Fizeram-se umas coisitas, mas não é a reforma»

Direito a Resposta

Tal como previa, António Pires reagiu ao texto que escrevi no passado dia 3 de Novembro. Como não podia deixar de ser, dou aqui espaço para que todos possam conhecer a sua argumentação e resposta ao meu texto (reler aqui) que, por sua vez, fora uma reacção a um texto da sua autoria (reler aqui) publicado no Jornal Nordeste, no passado dia 21 de Outubro.

17 novembro 2008

into the wild

Não percebo porque o traduziram para português assim!?... o título original, que dá nome a este post, não significa "lado selvagem" e para além do mais, desvirtua o significado e o sentido. Mas enfim, também não é por isso que escrevo.
Algures durante a semana passada, a caminho da tertúlia, dei com esta capa na prateleira dos destaques da FNAC. Logo me chamou a atenção este autocarro que reconheci de imediato e não foi preciso mais do que ler a informação contida nesta capa para perceber que sim, de facto já conhecia este autocarro de um filme que víra durante o último Verão e que gostara imenso. O título desse filme era homónimo, ou seja, "into the wild", com argumento e realização de Sean Penn e conta o trágico percurso de Christopher McCandless, jovem americano do final do século XX.
Depois do filme encontrara, agora, o livro e sem reflectir muito, desde logo, peguei num exemplar, só que ao contrário do que seria normal, não o comprei. Dirigi-me com ele para o espaço café da FNAC onde ávido o comecei a ler. Como os minutos voaram e tendo que ir embora, a custo, lá o devolvi ao seu lugar. Desde então e até hoje, quase diariamente, repito o ritual e, de capítulo a capítulo, lá vou eu lendo o livro, relegando para segundo plano a tertúlia e os parceiros da mesma.
Hoje, tal como no último dia, lá apareço eu na referida reunião já com o livro pronto e, pelos vistos, com vontade manifesta de o ler. O amigo Paulo intrigado pelo súbito interesse neste livro, ainda me questionou porque não o comprava (!?). A resposta foi pronta, apesar de meio alheado da realidade, disse que não queria gastar dinheiro com este livro (a lista daqueles que eu quero ir buscar é tão extensa...) e, para além disto, até estava a achar piada ler assim o livro, todos os dias e ali aos poucos...
Um pouco depois, continuando eu absorvido pela narrativa, o Paulo levantou-se e diz-me que vai a qualquer lado e que regressaria para se despedir. Muito bem, eu, no entretanto, continuaria ali, um pouco mais de tempo. Passados mais não sei quantos minutos, lá regressa ele e com um pequeno saco na mão. Ao estender-me essa mesma mão para se despedir, pousa o pequeno saco em cima do livro aberto que lia. Meio atrapalhado e surpreso, pude perceber, mesmo através do saco, que dentro estava um livro igual ao que eu lia.
Enquanto o Paulo se afastava, eu aparvalhado, fui incapaz de emitir qualquer som, para além de uma estúpida gargalhada. Apesar de tarde, Obrigado Amigo.

11 novembro 2008

Hoje no Campo Pequeno

Porque a vida é, obrigatoriamente, feita de escolhas, prioridades, impossibilidades, eu, com imensa pena, não vou poder estar mais logo no Campo Pequeno em Lisboa a assistir ao concerto dos magníficos Sigur Rós. Com paciência aguardarei novo regresso.

10 novembro 2008

Ana e Sofia

Memória de um momento breve num passado recente.
Bem perto, sentadas de olhos nos olhos, a conversar sobre não importa o quê. A intensidade dos olhares trocados e dos intermitentes toques (eu diria carícias) arrebataram-me os sentidos e durante alguns minutos fiquei retido nesta desconhecida imagem. Quem eram e o que as relacionava não sei, nunca o saberei. Certa foi a agradabilidade para os meus sentidos e imaginação. Não consegui perceber uma palavra do que diziam, mas também não importava. O exercício passou, obrigatoriamente, por lhes dar um nome, pois tinham que ter um e próprio. Durante esse curto espaço de tempo, nada mais aconteceu ou importou. Toda a existência se reduziu aquela mesa e sem resistir deixei-me ficar absorto, apenas com a ligeira preocupação de não ser percebido (concerteza perceberam-me…). Nunca como ali um guardanapeiro foi alvo de tamanha sensualidade e carinho. O tempo que demorou aquele momento desconheço, pois a determinada altura, mesmo sentindo que poderia ficar assim eternamente, num lúcido sobressalto forcei a minha saída.
Esta narrativa resultou da perturbação que Ana e Sofia e a beleza e força da sua intimidade causaram em mim.

09 novembro 2008

pornografias

05 novembro 2008

yes he can

Já está. Muito bem. Aguardemos então pela mudança...

04 novembro 2008

a ler pela septuagésima quarta vez


No próprio dia da compra, fresca portanto. Sem tempo ainda para perceber o seu conteúdo, apenas os títulos e as letras gordas. Claro é que temos o MEC (feio como sempre) brilhante e desinibido:

LER: Escreve melhor de noite ou de dia?
MEC: É igual.

LER: Tranquilo ou sob stresse?
MEC: Escrever é sempre um stresse. Não é o escrever, é o antes de escrever. A Dorothy Parker dizia que ter escrito é a melhor sensação do mundo. Ter escrito.

LER: Sóbrio ou com um grão na asa?
MEC: Durante muitos anos, sempre com um grão na asa. Sempre. Durante dois anos, também com coca. Ajuda. Porque a coca corta o álcool. Mas o que acontece quando estás a escrever é que tens o uísque ao lado - ou a vodca, ou seja o que for - mas se estás a escrever, o gelo derrete. Quer dizer, ou bebes ou escreves. Não dá para fazer as duas coisas.
(...)
LER: O Miguel começou por tentar ser poeta, também.
MEC: Claro. Toda a gente. Poemas em barda.

LER: Escreveu muita poesia?
MEC: Sim. Muita. Foda-se. Centenas de milhares de poemas...

LER: O que o desencorajou de continuar a escrever poesia?
MEC: Ser uma merda.
(excertos da entrevista de Miguel Esteves Cardoso a Carlos Vaz Marques)

One day to change the world

O dia em que a América poderá mudar é hoje. O dia em que o mundo poderá mudar(!?) é hoje. Eu, como não posso votar, pelo menos escolhi o meu candidato. Sem qualquer dúvida, o melhor para todos seria que Barack Obama fosse eleito Presidente. E hoje, será o dia último da espatafurdia presidência do ignóbil George W Bush. Até que enfim.
Go vote and make history